quarta-feira, 2 de agosto de 2017

A moda da proteína

Estudos feitos em atletas (de pouca duração é certo) mas com uma ingestão proteica bem acima do recomendado não demonstraram nenhuma alteração da taxa da filtração glomerular nem em outros parâmetros da função renal. Mesmo em indivíduos com obesidade, as variações observadas com o aumento da ingestão proteica são modestas e sem grande relevância clínica, de modo que podemos hoje afirmar que em indivíduos sem doença renal pré-existente, uma abordagem nutricional mais hiperproteica (1,2 a 2g/kg ou 25-35% do valor energético total) possui claramente mais benefícios do que malefícios, sendo infudados os excessivos receios relativos ao seu impacto negativo na função renal.
  • Refine bem as suas fontes proteicas no sentido de ter proteína “limpa”, eliminando peles e gorduras visíveis (um bife grelhado não é a mesmo que um hambúrguer pré-congelado ou uma picanha e uma fêvera grelhada não é mesma coisa que rojões ou bifanas) e bem distribuída ao longo do dia com as merendas acima descritas.
  • Utilize os suplementos com conta, peso e medida, quando não lhe for possível e conveniente chegar às necessidades proteicas com alimentos na verdadeira acepção da palavra.
  • Canalize todo o fundamentalismo que carrega relativamente aos suplementos proteicos (que já agora são substâncias permitidas e não dopantes) a todas as outras dimensões da sua alimentação, pois mesmo açúcar, fritos, álcool e tabaco são “venenos” bem maiores do que “aquelas coisas que a malta dos ginásios toma”.

    Muito bom!
    Vale a pena ler o artigo na integra:
    www.portaldadialise.com.br  
    Fonte: Pedro Carvalho, nutricionista

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